Por: Bruno Ferro/ Diário da Região
O que mais impressiona é que tanto o peão quanto o jogador ainda não chegaram sequer à metade do tempo estimado de carreira e já colecionam títulos e recordes. Silvano superou a marca de US$ 3,5 milhões arrecadados e está em quarto na lista dos que mais receberam até hoje pela PBR.
Em apenas sete anos de carreira profissional, além do bicampeonato mundial e do dinheiro, Silvano já amealhou seis carros, 25 motos e duas caminhonetes. Mas a história do peão com o rodeio vem bem antes dos prêmios e títulos. Começa ainda criança, com bezerros e carneirinhos nas fazendas do Interior paulista.
Natural de Pilar do Sul, cidade próxima a Itapetininga e Sorocaba, foi acompanhando o pai e o avô que viu aflorar a paixão pelos rodeios. Tanto um como o outro foram peões. O avô montava em circos. O pai foi campeão de algumas competições da região. “Aos 8 ou 9 anos, eu já montava em bezerros e carneiros.”
Nessa época, porém, ele não acreditava em seguir a profissão. “Não sabia o que ia virar. Montava porque gostava da adrenalina. Acompanhava os dois e mais laçava os animais do que montava. Não era nenhum fanático.”
O tempo foi passando, e o que era brincadeira foi se tornando sério. Tanto que nem pensou em profissão que não tivesse a ver com o campo. “Depois que terminei os estudos, fiz um curso de técnico em agropecuária. Acho que seguiria nessa área se não fosse peão.”
Nunca teve um professor, procurava sempre melhorar observando o que os outros competidores faziam. Tem como ídolo no esporte o peão Fabrício Alves. Da mesma forma que o jogador de futebol argentino tem fama de ser discreto, o peão brasileiro evita comparações e é modesto ao falar das conquistas. “Não tenho essa vaidade de me achar o melhor do mundo. Acredito que cada um tem a sua sorte e, às vezes, um tem mais do que os outros.”
Silvano evita falar de si mesmo. Prefere que os outros digam quais suas qualidades e virtudes. “Pessoalmente, eu o considero o melhor do mundo. O Silvano é um equilibrista. Desenvolveu uma habilidade de ficar no lugar certo do touro. Por isso, ele não disputa na força com o animal e isso faz com que ele seja menos agressivo com o próprio corpo e se machuque pouco,” disse Flávio Junqueira, presidente da PBR Brasil.
Outra semelhança entre jogador e peão é o caráter familiar. Messi teve um filho em novembro do ano passado com uma argentina que conheceu ainda na infância, em Rosário. Silvano tem dois filhos Hanyelle, 3, e Eduardo, 1, com Evelyn, com quem é casado. Como monta mais nos Estados Unidos do que no Brasil, Silvano mora atualmente em Decatur, no Texas. Mas sempre que pode volta para Pilar do Sul.
Neste ano, ele está em primeiro no campeonato mundial e, se vencer novamente, o brasileiro dá um grande salto e já na próxima temporada pode ser o segundo peão a atingir a marca de US$ 5 milhões de dólares. Ninguém duvida que ele consiga. Afinal, da mesma forma que Messi, Silvano é jovem, nunca teve lesões graves e tem talento de sobra.
O jogador de futebol Lionel Messi já conquistou todos os títulos que poderia com a camisa de um clube, no caso, o Barcelona. Mas ainda tem um desejo: ser campeão de uma Copa do Mundo com a Seleção Argentina. Enquanto isso, o Messi das arenas já sabe o sabor de ser campeão representando o País. Em 2010, fez parte da seleção nacional que foi campeã da Copa do Mundo dos rodeios.
Mas assim como Messi quer o título mundial, Silvano busca um título em especial. Profissionalmente, um dos poucos rodeios importantes que não conquistou é o de Barretos. “É um desejo vencer por lá. Mas não vai dar para este ano. Não posso participar, já que as datas coincidem com o campeonato mundial.”
Por: Bruno Ferro/ Diário da Região
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