Adriano Boiadeiro (PRP) |
O recém empossado deputado estadual Adriano Boiadeiro (PRP), que herdou
a vaga de Lorival Amorim (PMN), eleito prefeito de Ariquemes, já
ingressou no mandato com uma marca: o deputado peão boiadeiro.
Ele não larga, mesmo em plenário, um inadequado chapéu de peão,
daqueles usados nos rodeios e nas festas de peão pelo Brasil afora.
No regimento interno, não há nenhuma menção à vestimentas. Não há uma
regra prévia. Em 2007, o então deputado estadual AlexTestoni, hoje
prefeito reeleito de Ouro Preto do Oeste, conseguiu usar o seu
inseparável boné nas sessões do plenário, após a aprovação de uma
resolução da mesa diretora, que era presidida pelo deputado Neodi
Carlos.
Pode até ser legal, mas é no mínimo, inadequado. Usar chapéu em
ambiente fechado, já não soa bem. Imagine no plenário da Assembléia?
O nobre parlamentar deveria entender que não vai deixar de ser
“boiadeiro” se afastar-se do chapéu. Imaginemos se ele fosse atleta de
natação, iria ao plenário de sunga?
Pelo sim pelo não, ele continua com seu indefectível chapéu de
boiadeiro e destoando do ambiente ao qual ele foi guindado com o voto
popular.
Como é no Congresso Nacional
Em 2007, o então presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia
(PT-SP), decidiu acabar com a farra de parlamentares usando roupas
extravagantes no plenário e nas reuniões das comissões. Ficou definido,
numa resolução da mesa diretora, que não seriam permitidos chapéus,
bombachas e outros trajes que fujam à regra da calça comprida, do paletó
e da gravata. A decisão provocou muita controvérsia nos corredores do
plenário. Alguns parlamentares reclamaram porque não iriam mais poder
usar os trajes regionais. Não teve jeito e a norma está em vigor e quem
descumpri-la pode ser enquadrado como agressão ao decoro parlamentar.
Memória - De gravata, fraque e cueca
A roupa inadequada acabou levando um deputado federal à primeira cassação por quebra de decoro no Brasil. O parlamentar foi Barreto Pinto, que deixou-se fotografar de camisa, gravata e fraque, mas sem a parte de baixo, trajando apenas cueca samba-canção. A matéria da revista O Cruzeiro acabou virando escândalo nacional e tirando o cargo do deputado, que alegou ter sido enganado pelos repórteres, mas não conseguiu convencer os implacáveis colegas da Câmara dos Deputados.
Fonte:http://www.rondonoticias.com.br
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