por RODRIGO CAPELO
O diretor-presidente da Rela Gina, Luiz Carlos Rela, foi surpreendido ao voltar de viagem e descobrir que a marca de seu produto estava sendo usada na internet. "Sinceramente, acabei de chegar, todo mundo veio falar comigo, mas não sei direito o que se passa. Ele não pediu autorização para ninguém da empresa. Vamos ter que acionar o departamento jurídico para ver o que será feito", diz.
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O uso da marca da Gina em uma página no Facebook, sem a devida autorização e para fins comerciais, é irregular. Além das camisetas citadas por Rela Neto, em entrevistas concedidas a diferentes veículos da imprensa, o criador afirmou que está aberto a receber dinheiro para fazer posts patrocinados. "Nenhuma pessoa pode usar comercialmente uma marca que não lhe pertence", diz o advogado Eduardo Carlezzo. Mesmo sem ganho financeiro, caso seja decidido que a ideia causou danos à marca, o rapaz pode ser obrigado a indenizar a Gina.
Viral prejudica a marca?A proposta do criador da Gina Indelicada é responder perguntas de modo mal humorado. E o público adorou. A fan page foi criada em 14 de agosto e chegou, em pouco mais de uma semana, a mais de 1,1 milhão de seguidores. Ao todo, o Facebook aponta que 1,8 milhão de pessoas estão comentando a respeito, uma marca que nem mesmo as empresas que obtêm os melhores resultados na internet conseguem.
O Burger King, por exemplo, fez promoção para festejar o primeiro milhão de seguidores na sua página do Facebook. Montou uma mega operação para distribuir um milhão de lanches quando bateu a marca em 4 de agosto deste ano. Mas a rede de fast food estreou na rede social em 11 de maio do ano passado, ou seja, levou mais de um ano para conseguir o que a afiada Gina Indelicada chegou em uma semana.
"O efeito na marca é muito pequeno. Poderia ser percebido em longo prazo, a menos que fosse muito mais catastrófico, uma mancha de óleo muito maior, mas não deve ser o caso. O impacto na gôndola é muito pequeno, para não falar zero. Mas, como pesquisador, não vejo com bons olhos. Apropriar-se de uma reputação, de uma marca, para ser visto e ouvido pelos outros é um tanto quanto inadequado", afirma Marcos Hiller, especialista em branding, isto é, construção de marca.
Fonte:http://epocanegocios.globo.com
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